Entre o Corpo e a Imagem





O Corpo Que Nunca Foi

Este corpo não tem órgãos. Não tem rosto. Não tem voz. É uma figura feita à mão — costurada com tecido,
ausência e memórias que nunca chegaram a existir. “O Corpo Que Nunca Foi” é parte de um projeto de pesquisa contínuo que explora corpos simbólicos, trauma e narrativas silenciosas. Este vídeo foi filmado em uma instalação de sala branca, onde o corpo ficcional se torna tanto presença quanto ausência — um receptáculo do que nunca foi plenamente vivido.







O Corpo Que Não Respira

Este corpo não tem órgãos.Não tem rosto.Não tem voz. É uma figura feita à mão — de tecido, de ausência, de fragmentos. Nunca foi feito para se parecer com alguém. E ainda assim carrega todas as camadas de alguém que nunca teve permissão para existir plenamente. Neste vídeo, o corpo se move silenciosamente pela cena.
Não há resistência. Não há grito. Mas também não há morte — pois ele nunca aprendeu a respirar. O Corpo Que Não Respira é a imagem final da dissociação. É o que resta depois que a alma já se despediu.
Um corpo simbólico — de uma infância desprotegida, uma identidade não dita, uma dor não ouvida. Mas também é o começo de algo. Ao lançar essa figura ao mar, liberto uma versão de mim que não precisa mais suportar. É o ato de devolver à corrente aquilo que um dia me manteve imóvel. De deixar ir, para poder permanecer.




O Que é que Esta Imagem Está a Fazer Aqui — Ensaio Visual


Este vídeo é parte integrante do ensaio visual “O Que é que Esta Imagem Está a Fazer Aqui”. Através de uma imagem expandida por inteligência artificial, o trabalho questiona o papel do olhar, da autoria e da veracidade na era dos sistemas generativos. As figuras que emergem — sombras, mãos, fragmentos — não foram pedidas, mas apareceram. A narrativa aqui apresentada não explica a imagem: sustenta a sua presença.